(Pv 23: 31 Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
32 No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá.
O ALCOOLISMO À LUZ DA BÍBLIA.
Doença ou pecado?
A Bíblia — O Livro do Senhor, vê o alcoolismo de modo diferente do mundo. Nela, verificamos que o alcoolismo, a bebedeira e outros vícios, são vistos como atos pecaminosos.
Em Isaías 28.1, vemos a condenação de Efraim (Israel) pela soberba de seus embriagados. No mesmo capítulo, vemos que “até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho” (Is 28.7).
A primeira embriaguez foi experimentada por Noé logo após o Dilúvio e causou um grande mal à sua família, resultando em maldição para seu filho Canaã (Gn 9.21-25).
Condenação à bebedice. Diz a Palavra: “Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice! E se demoram até à noite, até que o vinho os esquenta! Harpas, e alaúdes, e tamboris e pífaros, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do SENHOR, nem consideram as obras das suas mãos” (Is 5.11,12). Aí, vemos um tipo de festa, no Antigo Testamento, semelhante ao que se passa nos jogos, nos bares, nos clubes, e shows mundanos, em que a bebida alcoólica é fator indispensável para sua motivação.
O sofrimento dos viciados. O escritor de Provérbios anotou que os viciados são vítimas de sofrimento, pesares, violência, queixas, adultério, prostituição, linguagem perversa, desequilíbrio mental (“ delirium tremens ”), câimbras, vômito, derrame, hipertensão, que são apenas algumas das danosas consequências do alcoolismo (Ler Pv 29.29,30,33-35).
O alcoolismo no Novo Testamento. Advertindo sobre sua vinda, Jesus proferiu uma parábola sobre a vigilância, condenou o servo infiel, comedor, espancador, e beberrão dizendo que sua parte seria com os infiéis (Lc 12.45,46). O apóstolo Paulo colocou no mesmo nível de condenação os bêbados, os devassos, os idólatras, os homossexuais, e os ladrões, os quais não herdarão o reino de Deus (1Co 6.9,10). Ver Rm 13.13; 1Pe 4.3-5.
II. POSICIONAMENTO CRISTÃO.
Condenação ao vício. Segundo o ensino das Escrituras, o cristão não tem outra alternativa a não ser reprovar de modo claro e direto o uso de bebidas alcoólicas.
Grande parte dos acidentes de trânsito são provocados por motoristas alcoolizados; cerca de 80% das agressões têm na bebida sua motivação; a ausência ao trabalho por causa do vício causa enormes prejuízos.
O vinho que Jesus bebeu. Jesus transformou água em vinho numa respeitável festa de casamento (Jo 2.1-11). Há quem use esse texto para dizer que não há nada errado em se beber vinho.
Sim! Mas o vinho que Jesus faz! Do vinho embriagante para as demais bebidas alcoólicas pode ser apenas um passo. É melhor não tomar o primeiro gole.
Na Santa Ceia (Mt 26.29), Jesus não tomou vinho embriagante. No texto original, Ele tomou “do fruto da vide” (do gr. guenematos tês ampèlou ), indicando tratar-se do suco fresco da uva.
Se fosse vinho fermentado a palavra seria oinos .
Anotemos o que diz a Bíblia: “Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente” (Pv 23.31ss).
Nenhuma concessão. O cristão não deve tomar vinho, cerveja, champanhe ou qualquer outra bebida, considerada leve, tendo em vista os males físicos, sociais, morais e espirituais que envolve tal prática. Lembremo-nos de que “o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).